A falsificação do remédio para câncer Glivec rende rios de dinheiro para os falsificadores e gestores corruptos da saúde pública de Secretarias de Saúde de muitos estados brasileiros.
Conforme a pesquisa nas listas de interdição da Anvisa de 2007 a 2024, o Glivec, que custa cerca de R$ 16 mil a caixa com 30 comprimidos é um dos campeões da falsificação no país: conforme as interdições, todos os anos são detectados lotes falsos do medicamento caro comprado pelas Secretarias de Saúde dos estados para fornecer à pacientes do SUS.
E esse tipo de fraude comum no Brasil só acontece devido à incompetência, negligência e conivência dos gestores corruptos que ocupam cargo de chefia através de indicação política —ou seja, cabide de emprego— na Anvisa que não fiscaliza e não realiza testes em amostras dos medicamentos antes de fornecer aos pacientes com câncer.
Em nenhum dos casos da falsificação do Glivec foi descoberto a partir da fiscalização ou testes da Anvisa: a detecção das fraudes geralmente acontece quando o paciente morre ou o seu estado de saúde piora mesmo utilizando o medicamento.
Praticamente todos os casos de Glivec falso no Brasil foram denunciados pelo próprio laboratório detentor da patente.