A pesquisa da compra dos genéricos Ampicilina, Diclofenaco Potássico e Dipirona em 120 farmácias comprova a fraude na dispensação dos medicamentos da receita médica. A pesquisa gravada com câmera escondida foi realizada em farmácias de SP, PR, RJ, RS e Brasília.
O Grupo NC, dono do laboratório EMS e o Multilab, que produz o Ampicilab, lidera em absoluto o esquema da trocação enganosa dos genéricos por similares bonificados.
O genérico Ampicilina do EMS foi oferecido 62 vezes e apesar de ser genérico não representa vantagem para o consumidor-paciente porque além de mais caro também é fabricado pelo mesmo laboratório que ocupa a primeira posição no ranking das fraudes conforme as listas de interdição da Anvisa.
Já o beozão Ampicilab, também fabricado pelo Grupo NC-EMS-Multilab foi trocado de forma enganosa 41 vezes por balconistas e farmacêuticos desonestos que empurraram o similar bonificado como genérico mais barato: o beó custa o triplo do preço do genérico mais barato.
O beozão Neo Ampicilin do laboratório Neo Química foi empurrado como genérico em oito das 120 farmácias pesquisadas. Além de ser uma das marcas mais caras de genéricos e similares, o fabricante Brainfarma-Neo Química (mesmo grupo) ocupa o primeiro lugar no ranking das fraudes com 33 genéricos e similares interditados nas listas da Anvisa.
O genérico Ampicilina mais barato e de melhor qualidade (do laboratório Eurofarma, que não aparece no ranking das fraudes) só foi oferecido três vezes nas 120 farmácias pesquisadas.
A gravação com câmera escondida mostra a má fé de balconistas e farmacêuticos que inclusive fraudam a prescrição médica para facilitar a empurroterapia dos beós: em várias situações a prescrição do antibiótico Ampicilina foi substituído pelo Amoxicilina e o Diclofenaco Potássico pelo Diclofenaco Sódico: farmácias, farmacêuticos e balconistas trapaceiam os consumidores para ganhar o super-bônus pagos pelos fabricantes de beós.
Maioria das farmácias pesquisadas empurraram o beó mais caro
O beó Ampicilab 500 mg com 10 cápsulas do Multilab custava R$ 28 na época da pesquisa. Já o Ampicilina genérico 500 mg com 10 cápsulas do mesmo laboratório custava R$ 14 e só foi oferecido em três das 120 farmácias pesquisas.
Anvisa permite enganação de laboratórios desonestos
A produção dos beós similar e genérico Ampicilina com apenas 10 cápsulas comprova a falta de normatização, fiscalização e vista grossa da Anvisa.
A dose mínima necessária para o tratamento são 21 cápsulas (uso três vezes ao dia por sete dias). No entanto, o Grupo NC-EMS-Multilab tira proveito da incompetência dos gestores da Anvisa para abarrotar as farmácias com o beó Ampicilab e com a versão genérica do Ampicilina com embalagem de apenas 10 cápsulas: golpe que serve para facilitar o roubo do dinheiro dos consumidores nos balcões das farmácias.
Por exemplo a caixa da Ampicilina 500 mg do Pratti Donaduzzi com caixa com 21 cápsulas (quantidade certa para o tratamento) custava na época da pesquisa apenas R$ 19.
Ou seja, o consumidor feito de otário pelo laboratório, pelo dono da farmácia, pelo farmacêutico e balconista vai precisar comprar três caixas do Ampicilab (custava R$ 28 a caixa com 10 cápsulas na época da pesquisa e hoje não sai por menos de R$ 40) para o tratamento mínimo de sete dias.
Assim, graças ao descaso, incompetência e conivência da Anvisa, os consumidores são roubados de todas as formas nos balcões das farmácias. Por exemplo no caso do Ambpicilab o consumidor é roubado em R$ 84 e ainda vai consumir um produto de procedência duvidosa e sem nenhuma garantia de qualidade oferecida pela Anvisa já que o Grupo-NC-EMS-Multilab ocupa a primeira posição no ranking das fraudes.
Mesmo quando solicitado aos balconistas e farmacêuticos a Ampicllina do Pratti Donaduzzi, as farmácias pesquisadas não tinham para vender.
A falta de ética e má fé observadas nas nas farmácias pesquisadas que uma farmacêutica insiste em empurrar três caixas do Ampicilab com 10 cápsulas mesmo após a solicitação do genérico da receita. “Você tem que levar três caixas porque o tratamento pede 21 cápsulas!”
Multilab não comprova recolhimento dos beós interditados nas farmácias
Com atendimento restrito à portaria do laboratório Multilab, foi solicitado ao estagiário de marketing da companhia a apresentação dos laudos de recolhimento e destruição dos medicamentos interditados pela Anvisa nos últimos cinco anos. O estagiário de marketing porta voz da empresa se esquivou argumentando “que tal documentação é sigilosa e não pode repassar para divulgação pública”. No entanto o sigilo só existe porque o laboratório obviamente não pode comprovar o recall e destruição dos medicamentos interditados. Mesmo porque a informação sobre o recall é obrigação do fabricante e um direito da população que deve ser informada sobre as irregularidades em medicamentos existentes no mercado.
Farmácias não receberam visita do Multilab para recall das fraudes
Conforme pesquisado em farmácias do Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul (inclusive em São Jerônimo, que é município sede do laboratório), praticamente nenhuma delas recebeu visita de representante da Multilab, Anvisa ou vigilância sanitária para promover o recolhimento qualquer tipo de medicamento interditado nos últimos anos. Também a vigilância sanitária municipal de São Jerônimo disse não ter recebido qualquer comunicado da Anvisa ou da vigilância sanitária estadual para fiscalizar o Multilab quanto a correta realização do recall de seus produtos conforme determina a legislação sanitária.
Avisa determina que raposas cuidem dos galinheiros
O parágrafo único do artigo 144 do Decreto 79.094/77, que regulamentam o recolhimento de medicamentos (Lei 6.360/76) diz que é obrigação da empresa fabricante promover o recall os produtos interditados: “fica obrigada a proceder a imediata retirada do produto do consumo, sob pena de configurar infração sanitária e penal”. Também conforme a lei, o laboratório é obrigado a fazer o recall dos medicamentos interditados junto às farmácias e consumidores. O fabricante ainda é obrigado a informar toda a população, através da mídia, sobre o recall dos seus produtos, fato esse que nunca acontece.
Multilab não apresenta relatórios do recolhimento dos beós falsificados
Procurado no município de São Gerônimo, na sede da empresa, nenhum representante do Multilab quis se manifestar sobre a prática antiética, desonesta e criminosa (conforme o Código dos Consumidores) envolvendo o seu medicamento. Segundo a opinião do estagiário de marketing que falou pela empresa, “o Ampicilab pode ser trocado pelo genérico porque apresenta a mesma equivalência”. No entanto, desinformado sobre as leis que normatizam a produção, dispensação e prescrição de medicamentos, o estagiária não sabe que a Anvisa é clara ao proibir a troca de genéricos por similares. Principalmente quando o engodo empurrado aos pacientes nos balcões de farmácias custa três vezes a mais que os genéricos mais baratos. Sem autorização para falar com o farmacêutico responsável técnico do laboratório, o estagiária simplesmente disse que o Multilab não é responsável pelas trocas feitas nas farmácias. No entanto, a bonificação paga pelo fabricante instiga, incentiva e favorece a venda enganosa de seus produtos.
Discrepância nos preços comprova super-bônus da empurroterapia
O similar Ampicilab 500 mg com 10 cápsulas custa R$ 28. Já o Ampicilina genérico 500 mg com 10 cápsula do mesmo laboratório (com embalagem idêntica, variando apenas as informações para medicamento genérico) custa nas farmácias cerca de R$ 14 Ou seja, a metade do preço. No entanto, o genérico mais barato só foi oferecido em três das 120 farmácias pesquisadas
Fica óbvio que o valor extra embutido no produto similar —e tirado do bolso dos consumidores tachados de otários— engordam os salários de balconistas e farmacêuticos e a conta bancária das farmácias.
Preço do beó Multigrip varia de R$ 8 a R$ 25 nas farmácias
Outro exemplo da propina embutida nos preços de remédios bonificados é o antigripal Multigrip, carro-chefe do Multilab e um dos antigripais mais empurrados nas farmácias brasileiras: na maioria das farmácias o valor médio da caixa com 20 comprimidos custa entre R$ 20 e R$ 25. Já o mesmo produto é “queimado” por apenas R$ 8 pela rede Ultrafarma (conforme anúncio no site oficial da empresa). Para vender a esse preço e ainda obter lucro, significa que o preço de custo do produtos bonificado sai por menos de R$ 8 das mãos do fabricante. Esse disparate mostra o quanto os consumidores são passados para trás e tratados como verdadeiros otários.
O Multigrip do Grupo NC-EMS-Multilab é um dos beós mais empurrado para gripe e resfriado nas farmácias, só perdendo para o beó Cimegrip, da Cimed, que é o campeão de vendas nessa categoria de medicamentos.
A bonificação e a empurroterapia interferem no tratamento proposto pelo médico
A antiética política comercial da bonificação favorece e incentiva no balcão da farmácia a prática desonesta da empurroterapia. Além do mais, a propina oferecida por laboratórios a balconistas e farmacêuticos favorece também a criminosa prática da troca enganosa do medicamento da receita por similar bonificado.
A empurroterapia e a troca enganosa interfere diretamente na prescrição médica. Especialistas do setor de saúde e a classe médica reconhecem e alertam que a bonificação de medicamentos prejudica o tratamento da doença, além de lesar o bolso do consumidor paciente.
“Além de ser uma infração sanitária grave, a prática da empurroterapia é uma fraude e um crime previsto no Código de Defesa do Consumidor”, alerta o médico e coordenador da Sobravime José Ruben de Alcântara Bonfim
“É muito comum no Brasil um paciente entrar na farmácia com uma receita de produto A e venderem um produto B. Isso não acontece nos Estados Unidos e em nenhum país da Europa. A prática da empurrorapia é uma infração grave sob todos aspectos, sejam eles éticos, comerciais e principalmente de saúde, porque no geral a prática só beneficia as empresas e os maus profissionais que praticam a fraude”, diz o médico e coordenador-executivo da Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos (SOBRAVIME) José Ruben de Alcântara Bonfim, que ressalta: “Isto, além de ser uma infração sanitária grave, trata-se de uma fraude e de um crime previsto no Código de Defesa do Consumidor. O paciente e consumidor de modo geral não deve aceitar esse tipo de manipulação de forma nenhuma”.
“Conforme a Resolução para medicamentos intercambiáveis, a Anvisa autoriza a troca do medicamento de marca ou referência da prescrição médica por um similar equivalente. Mas a troca pelo similar não pode ser feita quando o medicamento da receita for genérico. O farmacêutico ou balconista pode trocar o medicamento da prescrição, quando de marca ou referência, pelo seu equivalente genérico. Mas não pode trocar o genérico por um similar nem mesmo quando este é equivalente”, observa José Ruben que também é doutor em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da USP.
“A prescrição do médico tem que ser obedecida. Não existe nada que justifica a troca da prescrição por um leigo que atende no balcão da farmácia ou drogaria. É uma interferência grave que desqualifica o tratamento da doença proposto pelo médico e em consequência coloca em risco a saúde e a vida do paciente. A única possibilidade possível é a troca do medicamento de referência por um correspondente genérico”, completa o coordenador da Sobravime.
Conforme as pesquisas e investigações apresentadas no livro Farmáfia: do outro lado do balcão, testes para comprovar a qualidade dos medicamentos quase nunca são feitos pela Anvisa.
Exemplo disso é o Proveme (Programa de Verificação em Medicamentos), que nunca sai do papel: principalmente porque os Laboratórios Centrais dos Estados (Lacens), responsáveis pelas análises estão completamente sucateados.
A farmacêutica Luciana Potzecki (acima), técnica em análise de medicamentos/Lacen-PR disse na entrevista para o documentário Farmáfia em 2016 que “o Proveme nunca sai do papel porque sempre que muda o governo também muda os cargos de direção e chefia na Anvisa e nos Lacens e tudo continua parado”.
Nos Lacens dos estados do Paraná e São Paulo, por exemplo, os últimos programas para verificar a qualidade de medicamentos através de testes por amostragem foram realizados há mais de oito anos. O Lacen do Paraná, por exemplo, não realiza testes para averiguar a qualidade de medicamentos nem para atender à solicitação do Ministério Público (que pediu análise em amostras de medicamentos do Pratti Donaduzzi em junho de 2015 e até hoje está sem respostas).
troca enganosa de genéricos por similares
A pesquisa (foi gravada com câmera escondida) da compra de genéricos, do analgésico Dorflex, de vitaminas e anti-hipertensivos em 160 farmácias no Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Brasília comprova que quase sempre os consumidores não têm opção de escolha nas farmácias e acabam comprando gato por lebre: ou seja, beós mais caros no lugar de genéricos.
O pior é que o golpe é muito comum e praticado na maioria das farmácias de Norte a Sul do país, conforme mostra as imagens gravadas com câmera escondida durante a realização das pesquisas.
Em praticamente 70% das vezes os balconistas e farmacêuticos empurraram beós mais caros (os genéricos do Teuto, Neo Química, Cimed e EMS também são bonificados) como as marcas de genéricos mais baratas.
Gravações revelam trocação enganosa nas farmácias
A prática enganosa é tão comum que nas farmácias até existe um jargão para o golpe: é a trocação da receita. “Não pode ter vergonha de trocar!” (recomenda o gerente de uma rede de farmácia que foi investigada para o documentário “Medicamento bom pra otário) “Passa óleo de peroba na cara e manda bala!” (diz o gerente ao jornalista que se passava por balconista que gravava a conversa)
Farmacêutico de rede instiga a troca da prescrição por bonificado
O objetivo das gravações com câmera escondida nas farmácias pesquisa é mostrar o esquema da troca enganosa do medicamento da receita por beó em detrimento dos benefícios em termos de preço e qualidade para os pacientes.
E o golpe é praticado tanto por balconistas quanto por farmacêuticos que nas farmácias são contratados como responsáveis técnicos mas atuam como atendentes para dobrar o salário com as bonificações.
No vídeo abaixo, gravado com câmera escondida em uma das 10 farmácias investigadas em São Paulo e no Paraná (onde o autor atuou como balconissta para produzir o documentário e escrever o livro Farmáfia), o gerente-farmacêutico-atendente instiga a troca da receita por similar ou genérico bonificados.
No Vídeo abaixo farmacêutico de outra rede em Curitiba empurra Sildenafila e vitamina bonificadas para adolescente de 15 anos:
A trocação da receita nos bastidores das farmácias investigadas
A prática enganosa é tão comum que nas farmácias que até existe um jargão para o golpe: é a trocação da receita. O gerente de uma rede ensina o autor do livro Farmáfia a praticar o golpe:
“Não pode ter vergonha de trocar! Quando atender receita de genérico pode vender o similar que a comissão é maior. Passa óleo de peroba na cara e manda bala! As vitaminas está aí pra serem vendidas! A Lavitan paga 10% de comissão e se atingir a meta você ainda ganha quatro reais por cada uma que vender!”
Pesquisar marcas e preços representa economia e segurança
Nas farmácias, os consumidores e pacientes confiam cegamente na bandeira da rede de preferência, nos balconistas e nos farmacêuticos (sempre sorridentes e prestativos) e nunca desconfiam das arapucas armadas no balcão para pegar otários.
Conforme mostram as gravações com câmera escondida, os farmacêuticos responsáveis pelos estabelecimentos são mancomunados com laboratórios, donos da farmácia e balconistas. Na maioria das vezes os farmacêuticos agem de forma desonesta e antiética e enganam os pacientes com o intuito de ganhar bater as metas de venda para ganhar bonificação e aumentar o salário. Por causa dos remédios “propinados”, os consumidores quase nunca têm opção de escolha de compra do remédio que melhor lhe convém pelo preço e qualidade.
Na transcrição abaixo (tracho da gravação da pesquisa) a farmacêutica dona de farmácia em Curitiba fica irrita quando é solicitado genéricos ao contrário dos beós empurrados:
“Esse é o mesmo genérico! Não trabalhamos com outro porque esse é muito bom!”
Em outra farmácia o Diclofenaco Potássico genérico é trocado por similar e o balconista explica:
“Eu ganho 10 % de comissão pra vender os bonificados e só 5 % pra vender os genéricos. Seria muito melhor se eu não precisasse vender produtos bonificados, porque eles são mais caros e fica mais difícil para o cliente levar”.
O balconista de outra farmácia, o farmacêutico-balconista se irritada ao reclamar do antibiótico similar empurrado no lugar do genérico:
“Só temos esse porque sabemos que presta, tá! Se eu tenho um produto bonificado que é bom, que dá mais lucro, qual que eu vou oferecer pra você? Por que eu vou vender um produto que dá menos lucro? Então é isso! Você leva se quiser, se não quiser não leva! Pra mim, tanto faz!”
Outro balconista explica porque troca os genéricos pelos similares:
“Aqui nós só trabalhamos com beós mesmo! Só que o balconista tem que ser honesto e não fazer empurroterapia. É claro que se vem um cara com uma dor de barriga, eu vou dar um B.O pra ele! Isso você não tenha dúvida! Você pode tirar o seu cavalinho da chuva, porque isso nunca vai deixar de acontecer. Nenhum balconista vai deixar de vender um remédio bonificado pra vender um ético, que não paga bonificação! Nenhuma farmácia sobrevive sem vender bonificados. O B.O é bom! Eu sei que existem muitos laboratórios bonificados de porão, que só fazem maracutaias. Aqui nós só trabalhamos com bonificados bons, nunca que vamos vender do laboratório que não paga bonificação!”
Depoimento gravado com câmera escondida quando outro balconista empurra beós:
“Eu só tenho a Ampicilina do EMS que é o laboratório que mais vende. Se o médico receita genérico, a gente vende do laboratório que temos. O importante é que todos têm o princípio ativo bom, porque não existe nenhuma diferença de qualidade entre os laboratórios. A tecnologia deles está equiparada. Não existe mais diferença entre os laboratórios. O laboratório que mais vende é o EMS!”
Opinião de outro balconista ao ser questionado sobre a Ampicilina e o anti-inflamatório genéricos por similares:
“O médico receitou a fórmula dos remédios e a gente tem desses laboratórios, que são a mesma coisa. Essa é melhor Ampicilina que existe! Só é mais cara porque é melhor que as outras. Muitas delas só tem farinha dentro. Essa você pode confiar! E tem outra coisa: quando o médico receita com nome genérico, a gente vende do laboratório que trabalha. Não dá pra ter remédio de todos os laboratórios porque são mais de 300. Tanto faz o laboratório! Pode ser de qualquer um que é tudo a mesma coisa!”
Resposta de balconista ao questionar se os similares oferecidos são bonificados:
“Nós não trabalhamos com os produtos bonificados por que existem muitos laboratórios que não prestam. Se vem uma receita com nome genérico, nós só vendemos dos laboratórios que achar melhor. Só trabalhamos com produtos éticos! Nós não trabalhamos com B.O porque é falta de ética a farmácia ganhar pra vender determinadas marcas de remédios. E quem perde é o consumidor. Existem muitos laboratórios bonificados que são confiáveis, mas também tem muitos que não valem nada, que não tem a eficácia que os éticos têm! A questão da política de genéricos é muito complicada porque vai ficar mais fácil para os balconistas e farmacêuticos enganarem os consumidores trocando os genéricos receitados pelos médicos por produtos bonificados que podem ser de laboratórios de fundo de quintal, que produz sem qualidade e que falsifica medicamentos”.
Resposta de farmacêutica ao solicitar Ampicilina do Eurofarma por ser mais barata: